A emissão filatélica "Arqueologia em Portugal", colocada em circulação pelos CTT a 21 de setembro de 2011, foi concebida para homenagear e divulgar o vasto património arqueológico nacional. Através de cinco selos, esta emissão destaca sítios emblemáticos que representam diferentes períodos da história de Portugal, desde a pré-história até à época romana. Os locais escolhidos foram a Citânia de Briteiros, um povoado da cultura castreja; Foz Côa, com as suas gravuras rupestres paleolíticas classificadas como Património Mundial; Conímbriga, uma das mais importantes cidades romanas do território português; Milreu, uma villa romana no Algarve com vestígios de templos e mosaicos; e Alcalar, um complexo megalítico pré-histórico. Com design de José Brandão e Susana Brito, os selos apresentam imagens que evocam a riqueza histórica e estética destes locais, reforçando a importância da sua preservação e valorização. Esta emissão procurou sensibilizar o público para a relevância da arqueologia na construção da identidade cultural portuguesa.
No âmbito da emissão filatélica “Arqueologia em Portugal” que os CTT lançaram a 21 de setembro de 2011 foi incluído um selo dedicado às Ruínas de Milreu, em Estoi, Faro.
Este selo homenageia um dos mais importantes vestígios da presença romana no Algarve. Descoberta em 1877, a villa de Milreu remonta ao século I e foi habitada até ao século X. Era uma luxuosa residência rural com termas, jardins, lagares e um templo dedicado ao culto da água, mais tarde convertido em igreja cristã e mesquita. Os seus mosaicos com motivos marinhos, bustos imperiais e arquitetura refinada revelam a riqueza da elite romana local e a ligação a Ossonoba (atual Faro). O selo destaca a importância histórica e artística do sítio, classificado como Monumento Nacional, e reforça o papel da filatelia na preservação da memória arqueológica de Portugal.
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