domingo, 22 de junho de 2025

Pelourinho Bragançano, Bragança - Pelourinhos de Portugal

 

A emissão filatélica "Pelourinhos de Portugal", colocada em circulação a 19 de setembro de 2001 pelos CTT – Correios de Portugal, presta homenagem a um dos elementos mais simbólicos da história administrativa e judicial portuguesa: o pelourinho. Estes monumentos em pedra, erguidos geralmente em praças centrais, simbolizavam a autonomia municipal e a autoridade judicial concedida pelo rei às vilas e cidades.

A emissão é composta por uma folha miniatura com vários selos, cada um representando diferentes pelourinhos de várias regiões do país, destacando a diversidade estilística e a riqueza escultórica destas estruturas. Através desta série, os CTT celebram o património arquitetónico e histórico português, promovendo a valorização da memória local e da identidade municipal.

O selo dedicado ao Pelourinho Bragançano, incluído na emissão "Pelourinhos de Portugal" lançada a 19 de setembro de 2001, presta homenagem a um dos mais singulares e simbólicos monumentos de justiça e autonomia municipal em Portugal. Com um valor facial de 53$00 (0,26€) e uma tiragem de 200.000 exemplares, este selo foi desenhado por Luiz Duran e impresso pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM).

O Pelourinho de Bragança, situado na cidade de Bragança, destaca-se pela sua originalidade arquitetónica. Assenta sobre um berrão lusitano — uma escultura proto-histórica zoomórfica — atravessado por uma coluna cilíndrica. O capitel é decorado com carrancas zoomórficas e figuras em relevo, sendo rematado por um "sileno" sentado, que segura o escudo da cidade. Esta composição invulgar reflete influências românicas e manuelinas, e simboliza a autoridade régia e a autonomia judicial da cidade, especialmente após a concessão do foral manuelino no século XVI.

Este selo valoriza não só o património arquitetónico de Bragança, mas também a riqueza simbólica e histórica dos pelourinhos portugueses enquanto marcos de identidade local e de poder municipal.

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