A emissão filatélica "Escultura Portuguesa (3.º grupo)", lançada a 27 de setembro de 1995 no âmbito da exposição Lubrapex 1995, foi uma homenagem dos CTT à riqueza da escultura em Portugal. Esta série destacou obras escultóricas de diferentes períodos e estilos, desde peças arqueológicas até esculturas contemporâneas, refletindo a diversidade e evolução da arte escultórica nacional.
Com design de Vítor Santos, os selos apresentam imagens de esculturas emblemáticas como o Guerreiro Castrejo, a Fonte Bicéfala, a escultura Verdade, o Monumento aos Mortos, a estátua de Fernão Lopes e o Monumento a Fernando Pessoa. Cada selo tem um valor facial distinto e foi impresso pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, com tiragens que variaram entre 500.000 e 1.000.000 exemplares. A emissão incluiu ainda um bloco filatélico com quatro selos de 75$00, com uma tiragem limitada de 80.000 unidades.
Esta coleção filatélica não só celebrou a escultura portuguesa como também reforçou o papel da filatelia na divulgação do património artístico e cultural do país.
O selo de 95$00 da emissão "Escultura Portuguesa (3.º grupo)", integrada na Lubrapex 1995, destaca o Monumento aos Mortos da Grande Guerra localizado em Abrantes, uma obra de forte expressão modernista projetada pelo escultor e arquiteto Ruy Roque Gameiro. Este monumento foi encomendado em 1930 pela Liga dos Combatentes da Grande Guerra e inaugurado a 4 de junho de 1940.
A escultura apresenta um conjunto simbólico e expressivo: uma figura feminina estilizada representa a Pátria, ladeada por um herói e um soldado com máscara de gás, evocando o sofrimento e a bravura dos combatentes portugueses na Primeira Guerra Mundial, especialmente na Batalha de La Lys. A composição transmite uma mensagem de dor, sacrifício e memória coletiva, sendo considerada uma das obras mais marcantes do modernismo escultórico português do século XX.
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