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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Terras de Barroso Património Agrícola Mundial


As luas muitas por mim passadas foram de constante aprendizagem. E de reflexão introspetiva entre o que somos e o que poderíamos ser, e onde, a espaços, nos chega o eco de exemplos feitos altares da autoestima e da consciencialização do quanto o poder emana do querer. De algumas dessas lunações resultou debutar-me, nos alvores da adolescência, em aprendiz filatélico. Em todos esses postais ilustrados vi retratos de um povo com história, de heróis e de feitos, mas onde o pendor etnográfico, a matriz cultural e identitária do povo – esse que no dizer do poeta «lava no rio e talha o seu caixão» – era profusamente retratado em selos de correr mundo. Neles me revia e com eles aprendi a ser gente. Revisitando a fortíssima imagem do cavaleiro que assinala passagem com seu icónico cornetim, dá para perceber, hoje de forma muito consolidada, o quanto os CTT são o cofre ou a caixa-forte de verdadeiros tesouros da portugalidade. Desta vez é Barroso (Montalegre e Boticas) a ter honras de entrada nesse museu lendário em que os briosos criativos dos CTT transformaram tão emblemática instituição. Através desta emissão filatélica, Portugal e o Mundo vão ter olhos para tão impactante ruralidade e perceber-se-á melhor os porquês da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) nos haver distinguido como a única região de Portugal considerada como Património Agrícola Mundial.

Texto retirado da pagela da emissão filatélica





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