Pesquisar neste blogue

Tradutor

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Terras de Barroso Património Agrícola Mundial


As luas muitas por mim passadas foram de constante aprendizagem. E de reflexão introspetiva entre o que somos e o que poderíamos ser, e onde, a espaços, nos chega o eco de exemplos feitos altares da autoestima e da consciencialização do quanto o poder emana do querer. De algumas dessas lunações resultou debutar-me, nos alvores da adolescência, em aprendiz filatélico. Em todos esses postais ilustrados vi retratos de um povo com história, de heróis e de feitos, mas onde o pendor etnográfico, a matriz cultural e identitária do povo – esse que no dizer do poeta «lava no rio e talha o seu caixão» – era profusamente retratado em selos de correr mundo. Neles me revia e com eles aprendi a ser gente. Revisitando a fortíssima imagem do cavaleiro que assinala passagem com seu icónico cornetim, dá para perceber, hoje de forma muito consolidada, o quanto os CTT são o cofre ou a caixa-forte de verdadeiros tesouros da portugalidade. Desta vez é Barroso (Montalegre e Boticas) a ter honras de entrada nesse museu lendário em que os briosos criativos dos CTT transformaram tão emblemática instituição. Através desta emissão filatélica, Portugal e o Mundo vão ter olhos para tão impactante ruralidade e perceber-se-á melhor os porquês da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) nos haver distinguido como a única região de Portugal considerada como Património Agrícola Mundial.

Texto retirado da pagela da emissão filatélica





Museu de Fotografia da Madeira - Atelier Vicent's


O Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s encontra-se instalado no antigo estúdio fotográfico de Vicente Gomes da Silva (1827-1906), que iniciou a sua atividade como retratista, por volta de 1853, tendo adquirido o citado prédio, localizado à Rua da Carreira, em 1865 e aí constrói o seu «Atelier Fotográfico». Entre dezembro de 1886 e agosto de 1887, já sob a direção de Vicente Gomes da Silva, Júnior (1857- 1933), são realizadas obras de ampliação do antigo «atelier», que se mantém até aos nossos dias, constituindo, deste modo, um ex-líbris da arquitetura dos «ateliers» fotográficos do século XIX. Ao longo dos tempos passaram pelo estúdio, quatro gerações da Família «Vicentes» que transmitiram, sempre, às gerações seguintes «a arte de fotografar». A 13 de junho de 1979, o Governo da Região Autónoma da Madeira adquire todo o recheio do estúdio da «Photographia Vicente», adaptando o espaço para aí instalar uma unidade museológica. A 22 de março de 1982 abre ao público como Photographia – Museu Vicentes com o recheio do estúdio, que incluiu cenários, máquinas fotográficas, livros relativos às técnicas fotográficas, mobiliário de «atelier», etc. Desde 27 de novembro 1984, data da primeira aquisição à firma Perestrellos Photographos, Limitada, que o museu tem vindo a adquirir espólio de outras casas fotográficas e fotógrafos profissionais e amadores, como são os casos de:

- João António Bianchi (Visconde Vale Paraíso) – (1862 – 1928) 

- Major Charles Courtnay Shaw, (1878 – 1971)

- Gino Romoli (1906 – 1982) - Perestrellos Photographos 

- Augusto João Soares (1885 – 1970) 

- Francisco João Barreto, (1877 – 1934) 

- Álvaro Crawford Nascimento Figueira, (1885 – 1967) 

- Alexander Lamont Henderson, (1838 – 1907) 

- Joaquim Augusto de Sousa, (1853 – 1905) 

- João Anacleto Rodrigues, (1869 – 1948) 

- Foto Figueiras 

- João Francisco Camacho (1833 – 1898) 

- Aluízio Cezar de Bettencourt (1838 – 1895) 

- Foto Arte 

- Foto Joaquim Figueira, fundada em 1946, por Joaquim Gomes Figueira (1912 – 1995) 

- Russel Manners Gordon (3.º Visconde e 1.º Conde Torre Bela) – (1829 – 1906) 

- Carlos Fotógrafo, casa fotográfica fundada por Carlos Fernandes (1930 – 2017) 

- Alberto Camacho Brandão, (1884 – 1945) 

- Foto Sol (de 1951 a 1980), casa fotográfica fundada em 1951, por Consuelo Santos (1932 – 2007) 

- João Pestana (1929 – 2017) 

O imóvel onde está instalado o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente´s foi classificado como imóvel de «valor cultural regional» pela Resolução n.º 78/91 de 24 de janeiro, com conversão efetuada pela Portaria n.º 34/2004 de 1 de março, de «Imóvel de Interesse Público». A 3 de agosto de 2004 todo o «imóvel Vicentes» foi adquirido pelo Governo da Região Autónoma da Madeira. Após ter estado fechado para obras de reclassificação e recuperação do imóvel, o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente´s reabriu a 29 de julho de 2019. O Museu organiza-se em quatro espaços principais: o Atelier, original do século XIX; a Exposição Permanente, com coleções do Museu; um espaço para Exposições Temporárias e outro para atividades Multimédia. Dispõe ainda de Loja, Serviços Educativos e Cafetaria.

Texto retirado da pagela da emissão filatélica

Mais informações sobre a emissão em:

Moeda "O Português" - D. Manuel I - 1495 - 1521 - Ouro 35 mm


O português (INCM/MCM 4906) foi batido sob D. Manuel I. Mostra o brasão de armas do reino, formado por escudo coroado e carregado com escudetes em cruz, com besantes em aspa, e bordadura de castelos, com o letreiro + I EMA VEL R PORTVGALIE AL C VL I A D G / C C ETHIOPIE ARABIE PERSIE I (“Manuel I, rei de Portugal e Algarves, d’aquém e d’além-mar em África, senhor da Guiné, do comércio, da navegação e da conquista da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia”); e a cruz da Ordem de Cristo, com o letreiro + I HOC SIG O VI CEES (“Neste sinal vencerás”). O português é a moeda de prestígio internacional que simboliza um império cujo poder radica no comércio dos produtos orientais.

Texto retirado pagela da emissão

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

75 anos da construção da EB 1 de Estoi - Antiga Escola Visconde de Estoi

 


Exposição histórica e filatélica comemorativa dos 75 anos da construção da EB 1 de Estoi, que à data foi baptizada de Escolas Visconde de Estoi, pois era uma Escola Masculina e Escola Feminina.


20 anos da utilização do Euro pelos cidadãos

 


Lançado a 1 de janeiro de 1999, o euro entrou em circulação dois anos depois, substituindo as notas e moedas nacionais de 12 Estados-Membros. A introdução do euro foi o grande marco de integração da economia Europeia. O euro simplificou o dia-a-dia dos cidadãos. Apoiou a livre circulação de pessoas, bens e serviços. Potenciou o comércio e a integração económica. O euro é um dos elementos fundamentais na convergência económica entre Estados-Membros. O euro é a identidade mais tangível da participação dos cidadãos europeus na construção da União. O euro é, por si só, um elemento de união. É a moeda de 19 Estados-Membros; 20, a partir de 1 de janeiro de 2023, quando a Croácia se juntar a nós. É a moeda de mais de 340 milhões de habitantes e um símbolo da solidariedade europeia. O euro é um elemento de estabilidade. A política monetária, ao assegurar a estabilidade de preços e ao reconhecer a importância da estabilidade financeira, cria as condições para um crescimento económico equilibrado e inclusivo. Portugal ganhou com a entrada para a então CEE e o percurso natural desta integração europeia foi a adesão ao euro desde o primeiro momento. Nestes últimos 20 anos, a economia Portuguesa ultrapassou a crise financeira, a crise da dívida soberana e a crise pandémica. Numa Europa com um modelo institucional em construção, por isso, imperfeito, não foi fácil passar por cada uma destas crises. Contudo, como a crise pandémica provou, hoje, temos uma Europa mais ágil, que foi capaz de responder a um desafio ciclópico. No pós-crise das dívidas soberanas, o esforço de redução do risco dos particulares, empresas e Estado foi ímpar. Os resultados orçamentais e financeiros do País comprovam-no. Portugal é agora uma economia mais aberta, mais integrada, mais estável e mais resiliente. A coordenação das políticas económicas durante a crise pandémica consciencializou-nos do que podemos beneficiar por estar no euro, e do que ainda precisamos de fazer. O euro é a nossa moeda.

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Texto retirado da pagela da emissão filatélica